Nos últimos meses, multiplicam-se as manchetes sobre a saída de brasileiros de alta renda. Estimativas recentes indicam que cerca de 1.200 milionários devem deixar o Brasil em 2025 — 50% a mais que em 2024 —, levando consigo aproximadamente US$ 8,4 bilhões (≈ R$ 46 bi) em riqueza móvel. Entre os destinos preferidos, Portugal desponta pela estabilidade, segurança jurídica e qualidade de vida.

Essa tendência se insere num movimento global: o Henley Private Wealth Migration Report 2025 projeta 142 mil milionários mudando de país neste ano. No ranking de atração, o Emirados Árabes Unidos lidera, mas Portugal figura entre os 10 principais destinos, com crescente interesse por alternativas de residência baseadas em fundos, ciência, cultura e empreendedorismo.

Por que tantos saem do Brasil?

Para famílias e empresários de alta renda, a decisão combina fatores objetivos e subjetivos:

• Segurança e qualidade de vida para a família — um dos gatilhos mais citados para a mudança.
•  Imprevisibilidade jurídica e econômica e sensação de “cansaço regulatório”.
• Custo Brasil elevado, com tributação alta em contraste com serviços públicos aquém do esperado.

O resultado tem efeitos macro: além da saída de capital, há perda de talento empreendedor, com impactos no ecossistema de inovação e na capacidade de atração de investimento estrangeiro.

Por que Portugal é uma escolha estratégica

Portugal oferece um conjunto raro de atributos para quem deseja viver com previsibilidade e proteger patrimônio:

• Estabilidade institucional e segurança jurídica, em ambiente pró-UE e moeda forte (euro).
• Qualidade de vida (educação internacional, saúde, mobilidade e hubs tecnológicos).
• Caminhos regulatórios claros para residência e planejamento patrimonial: o Golden Visa foi reformulado (sem imobiliário desde 2023) e privilegia fundos regulados (a partir de € 500 mil), projetos científicos/culturais e criação de emprego.
• Regime fiscal de atração de talento (IFICI), que substitui o antigo NHR para novos entrantes, com benefícios dirigidos a investigação científica, inovação e investimentos — um enquadramento importante para executivos, fundadores e profissionais qualificados. 

Nota: as regras de residência por investimento não incluem mais compra direta de imóveis; a lógica atual é canalizar capital para a economia produtiva. Consulte sempre aconselhamento jurídico-fiscal atualizado antes de decidir. 

O que investidores buscam — e como estruturar a mudança

Ao orientar famílias e investidores que pretendem fazer a saída fiscal do Brasil e estabelecer residência em Portugal, sigo um roteiro técnico e pragmático para reduzir riscos e otimizar resultados:

1) Diagnóstico patrimonial e societário

Mapeamento de ativos no Brasil e no exterior, holdings, participações, trusts e passivos. Definimos objetivos (preservação, sucessão, cash flow, internacionalização da operação).

2) Saída fiscal do Brasil

Análise de residência fiscal, comunicação de saída definitiva, eventuais impactos de GANHO DE CAPITAL (incluindo “deemed sale”) e mitigação via planejamento lícito. Coordenação com contabilidade e compliance bancário.

3) Entrada em Portugal

Escolha do visto e do caminho de residência adequados (investimentos em fundos regulados, projetos científicos/culturais, empreendedorismo, entre outros) e avaliação de calendarização para evitar colisão de residências fiscais.

4) Planeamento fiscal em Portugal

Estudo de enquadramento no IFICI (quando aplicável), estruturação de rendimentos (trabalho, capital, dividendos, ganhos), convenções para evitar a dupla tributação e otimização sucessória (testamentos, regimes de bens, doações).

5) Governança, compliance e banking

Estruturas para KYC/AML, reporte fiscal internacional (CRS/FATCA), abertura de contas, câmbio, e políticas internas para famílias empresárias.

Mitos e verdades sobre Portugal em 2025

“Golden Visa acabou.”

Falso. O programa continua ativo, mas sem via imobiliária. As rotas relevantes hoje são fundos, ciência, cultura e emprego.

“Não há mais benefício fiscal nenhum.”

Impreciso. O NHR foi encerrado para novos candidatos, mas existe o IFICI com incentivos dirigidos a perfis que o país deseja atrair (pesquisa, inovação, investimento). A análise é caso a caso

“Portugal perdeu atratividade.”

Sem evidência disso no segmento de alta renda: em 2025, o país aparece entre os destinos mais procurados por milionários, dentro de um contexto global de mobilidade patrimonial. 

Como posso ajudar você (ou a sua família/holding)

Atuo no Brasil e em Portugal, com experiência em:

• Saída fiscal do Brasil e coordenação cross-border com a entrada em Portugal;
• Estruturação de residência por investimento (fundos, ciência/cultura, empreendedorismo) e planeamento fiscal em Portugal;
• Proteção patrimonial e planejamento sucessório internacional;
• Assessoria a empresas e sócios em processos de internacionalização para a União Europeia.

Atendimento personalizado e sigiloso, com equipe multidisciplinar e rede de parceiros (fundos regulados, gestoras, bancos, consultorias de investimento e imigração).

Conclusão

A decisão de mudar de país é estratégica e exige método. Portugal combina segurança, estabilidade e acesso à União Europeia com vias regulatórias compatíveis com uma vida financeira organizada — desde que a transição seja planeada de forma técnica, obedecendo às regras do Brasil e de Portugal. Se esse é o seu momento, posso conduzir você em cada etapa.

Fontes e leituras recomendadas

• Gazeta do Povo — “Adeus, Brasil: saída de milionários do país aumenta 50% em um ano” (24/08/2025).
• Henley & Partners — Private Wealth Migration Report 2025 (24/06/2025) e páginas de Country Wealth Flows.
• Atualizações sobre Golden Visa (sem imobiliário; alternativas por fundos, ciência e cultura). 
• IFICI — Incentivo Fiscal à Investigação Científica e Inovação (substituto do NHR para novos entrantes).

Quer entender o melhor caminho para o seu caso?

Agende uma consulta confidencial: Vamos desenhar o plano de saída do Brasil e a entrada fiscal em Portugal de modo coordenado, seguro e eficiente.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui aconselhamento jurídico-fiscal individualizado. Regras podem mudar; análises devem considerar documentos e objetivos específicos.